Nos encontraremos na próxima terça-feira, dia 01/03, às 18h30 no Largo Zumbi dos Palmares

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Nos encontraremos na próxima terça-feira, dia 01/03, às 18h30 no Largo Zumbi dos Palmares para começarmos uma marcha às 19h para exigir um trânsito mais humano e uma cidade para as pessoas, para exigir punições rígidas ao monstrorista e a todxs outrxs motoristas que utilizam o carro de forma irresponsável (como uma arma), para exigir que os órgãos públicos parem de privilegiar a circulação de automóveis particulares às custas da qualidade de vida e DA VIDA das pessoas.
Queremos acima de tudo, um mudo mais agradável e gentil.
Venha a pé, de bicicleta, de cadeira de rodas, de skate, de patins ou de pogobol. Manifeste as suas idéias em cartazes, camisetas e usando a sua imaginação.


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Mais informações, blogue do Massa Crítica

Curso Música Popular e Política na América Latina

I. Apresentação
A música popular é um dos produtos da cultura lúdica mais importantes entre os povos latino-americanos. Não é por acaso que estudiosos como Gilberto Freyre e Georges Magnane dedicaram parte de seus estudos sobre a corporalidade desses povos. Não bastasse esse aspecto, a música latino-americana tem ainda toda uma história ligada às questões político-ideológicas em todo o continente. Para não voltarmos muito no tempo, basta observarmos a história contemporânea desse continente, especialmente a partir dos anos 60 do século XX até nossos dias, o que faremos durante o curso.
Durante as aulas usaremos recursos audiovisuais apresentando e analisando as canções mais significativas desse período. Exibiremos depoimentos dos principais personagens desse momento da nossa história, discutindo justamente as relações com o Estado e a censura. É claro que os desdobramentos da falta de liberdade para criar não ficariam circunscritos apenas à música popular. O teatro, a literatura e o cinema, entre outras manifestações artísticas, foram igualmente atingidos. Embora não seja o tema central do curso, trataremos obrigatoriamente dessa questão.

 Programa do Curso
1. A música popular brasileira e o Estado Novo
2. A canção popular no governo de JK
3. As origens da bossa nova e sua politização
4. Jânio e Jango: prelúdio dos grandes festivais
5. O definhamento da democracia e a canção de protesto
6. A volta da caserna à política e a resistência da M.P.B.
7. O exército avança e a canção emudece
8. A crise da democracia na América Latina
9. A resistência ao autoritarismo pela canção popular
10. Os casos de Argentina e Chile (I)
11. Os casos de Argentina e Chile (II)
12. A abertura política e a nova canção popular
13. Ressurge a democracia de “cara pintada”
14. A canção latino-americana deste início de século.

Docente
As aulas serão ministradas por Waldenyr Caldas, professor da ECA - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - USP, onde leciona as disciplinas Realidade Sociopolítica Brasileira e Teoria da Comunicação. É autor dos livros “A cultura político-musical brasileira” (2005) e “A Cultura da Juventude: de 1950 a 1970” (2008), entre outros, além de ensaios sociológicos sobre a cultura brasileira.
Áreas de interesse
Trata-se de um curso destinado aos estudantes de ciências humanas, sociais e políticas, músicos, acadêmicos, historiadores e aos cidadãos interessados em melhor conhecer a realidade sociopolítica e cultural do nosso continente.

Serviço
Local: Auditório do Anexo dos Congressistas / CBEAL - Memorial da América Latina
Horário: aos sábados pela manhã, das 9 às 12 horas
Datas: de 19 de março a 2 de julho de 2011 (14 aulas – Carga horária: 42 horas-aula)
Inscrições: no valor de R$ 250,00 (taxa única). Vagas limitadas. Serão concedidos certificados aos alunos com presença igual ou superior a 75% da carga horária. Caso não se atinja o número mínimo das inscrições necessárias para a sua realização, o curso poderá ser cancelado (nesse caso, a taxa de inscrição será devolvida integralmente).

Horário e local das inscrições: de segunda à sexta, das 10 às 18 horas, no Anexo dos Congressistas / CBEAL - Memorial da América Latina (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Metrô Barra Funda – São Paulo)

Saiba mais sobre o curso Música e Política na América Latina

 

QUANDO A CONSCIÊNCIA E A CORAGEM FALAM MAIS ALTO

CONFERENCIAS CONFIRMADAS PARA 2011




Conferências Coordenação Local / Data Tema 


1 4º Conferência Nacional de Aquicultura e Pesca Ministério da Pesca e Aquicultura / CONAPE 11 e 13/04/2011  O Desenvolvimento da Aquicultura e da Pesca – mais produção, mais trabalho, mais renda, mais alimento e mais inclusão no combate a pobreza. 


2 1ª Conferência Nacional de Turismo MT / CNT Junho de 2011 em Brasília. “Aprimoramento do Modelo de Gestão Descentralizada, Compartilhada e Participativa do Turismo no Brasil”


3 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude SNJ/SG-PR 8 a 11 de setembro de 2011, em Brasília, DF I - Juventude: Democracia, Participação e Desenvolvimento Nacional;
II - Plano Nacional de Juventude: prioridades 2011-2015; e
III - Articulação e integração das políticas públicas de juventude.



4 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Participação Social   CGU (com colaboração da SG-PR e SECOM-PR) 13 a 15 de outubro
de 2011,
Brasília - DF
“A sociedade no acompanhamento da gestão pública”.


5 4º Conferência de Meio Ambiente  MMA  Novembro, em Brasília, DF.


6 3º Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa SEDH / CNDI Novembro/2011 em Brasília, DF O Compromisso de Todos por um Envenlhcemento Digno no Brasil)


7 4º Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional CONSEA 07 a 10 de novembro de 2011, Salvador, BA. "construir compromissos para efetivar o direito humano à alimentação adequada e saudável e promover a soberania alimentar por meio da implementação da Política e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional"


8 14ª Conferência Nacional de Saúde MS / CNS 30 de novembro a 04 de dezembro de 2011 em Brasília, DF. "Todos usam o SUS!
SUS na Seguridade Social - Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro".
 



9 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Mulher SNPM / CNDM 12 a 15 de dezembro de 2011 em Brasília, DF Aguardando a 1ª reunião da CONnacional


10 1ª Conferência Nacional das Águas - CONAGUAS MMA / Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano Dezembro de 2011, Brasília, DF


11 8º Conferência Nacional de Assistência Social MDS / CNAS 07 a 10 de Dezembro, Brasília, DF "... avanços na consolidação do Sistema Único de Assistência Social - SUAS com a valorização dos trabalhadores e
a qualificação da gestão, dos serviços, programas, projetos e benefícios. "



12 9º Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente  SEDH / CONANDA 2011(etapas mucipais) / 2012 (etapas estaduais e nacional)  Plano Decenal de Política Nacional dos Direitos Humanos da Criança e Adolescente


13 1ª Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente Ministério do Trabalho  2011 (início) - Etapa nacional em 2012 I-  Geração de mais e melhores empregos com proteção social; II- Erradicação do trabalho escrevo e do trabalho infantil; III- Fortalecimento do diálogo social.


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UNESCO e ABC abrem vagas para estagiários em projeto de cooperação em Guiné-Bissau


Vagas de estágio, nas áreas de arquitetura, engenharia civil, comunicação social, administração, serviço social e pedagogi estão abertas até o dia 13 de março para candidatos que queiram atuar em ações de mobilização e organização comunitária no Bairro de São Paulo, em Bissau (Guiné-Bissau).

O estágio integra o projeto “Jovens Lideranças para a Multiplicação de Boas Práticas Socioeducativas”, no âmbito da Parceria Brasil - UNESCO para a Promoção da Cooperação Sul-Sul. Trata-se de uma iniciativa da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), em parceria com a UNESCO, o Instituto Elos, a Fundação Gol de Letra e o Ministério da Educação.
O projeto visa o fortalecimento de lideranças locais, o desenvolvimento comunitário e a promoção de educação integral para crianças e jovens da comunidade do Bairro de São Paulo na Cidade de Bissau. Para tanto, prevê a construção de um centro educacional; a transferência das práticas sócio-educativas desenvolvidas pela Fundação Gol de Letra e da metodologia do Programa Escola Aberta, desenvolvido pelo Ministério da Educação e pela UNESCO.
Os estagiários selecionados apoiarão não somente o projeto de construção de uma escola no bairro, como também deverão estar comprometidos com a transferência de metodologias sócio-educativas. Os aprovados deverão obrigatoriamente residir em Guine-Bissau, durante o período do estágio que será de quatro a seis meses.
Apos o cadastramento do currículo no site, os candidatos devem enviar um e-mail para estagio.bissau(at)unesco.org.br, indicando a área de interesse.

Carta de solidariedade à luta das mulheres do mundo


Enviado por Thaís Chita, qui, 2011-02-24 16:36
Forum Social Mondial 2011 – Dakar (Sénégal)
Du 6 au 11 Février


Carta de solidariedade à luta das mulheres do mundo
11 février 2011

Neste ano em que o Forum Social Mundial, depois do Mali em 2006 e do Kenya em 2007, se junta pela 3ª vez aos povos de África, nós, as mulheres de diferentes partes do mundo, reunidas em Dacar, conscientes de que a união das forças poderá com o tempo provocar uma mudança, reafirmámos a nossa solidariedade e admiração pelas lutas das mulheres Senegalesas, das mulheres africanas e de todas mulheres do mundo. As suas lutas, conjuntamente com as lutas de todos os homens e mulheres, reforçam a resistência levada por todo lado contra o sistema capitalista e patriarcal globalizado.

Nos dias de hoje atravessámos sempre as mesmas crises mundiais – econômica, alimentar, ecológica e social – e constatámos com inquietude que essas crises perduram e se aprofundam. Reformulámos aqui a nossa análise segundo a qual essas crises não estão isoladas mas sim são a expressão da crise do modelo caracterisado pela super exploração do trabalho e do meio ambiente, e pela especulação financeira da economia. Por isso, nós as mulheres, continuamos a dizer que é preciso mudar esse modelo de sociedade, este modelo económico, este modelo de produção e de consumo que provoca uma pobreza ainda maior para nossos povos, e em particular para as mulheres.

Nós as mulheres, engajadas ao respeito e à defesa dos princípios de justiça, de paz e de solidariedade, temos necessidade de avançar na criação de alternativas face à essas crises: todavia as respostas paliativas baseadas na lógica do mercado não nos interessam. Não podemos aceitar que as tentativas de manter o sistema actual no seu lugar, sejam feitas a custa das mulheres.

Neste contexto, dizemos não a intolerância e a perseguição da diversidade sexual e às práticas culturais que lesionam a saúde, o corpo e a alma das mulheres.
Condenámos todas violências feitas às mulheres, em particular os “femicídios”, o tráfico de mulheres, a prostituição forçada, as violências físicas, o assédio sexual, as mutilações genitais, os casamentos prematuros, os casamentos forçados, o estupro, o estupro utilizado como arma sistemática de guerra, e a impunidade daqueles que cometem esses actos de horror contra as mulheres.

Dizemos não ainda, àquela sociedade que viola os direitos das mulheres não lhes permitindo o acesso aos recursos, à terra, ao crédito, ao emprego em condições dignas, onde o capital para se reproduzir torna precários os empregos das mulheres.

Condenamos o açambarcamento e a colonização das terras das camponesas e dos camponeses, quaisquer que sejam as formas, pelos Estados ou por empresas transnacionais, e condenamos as culturas transgênicas, que prejudicam a biodiversidade e a vida.

Dizemos não à corrida armementista e nuclear, que é feita em detrimento do investimento dos estados nos programas sociais, sanitários e educativos.

Condenamos a sociedade que nega às mulheres o acesso ao conhecimento e à educação, onde as mulheres são marginalisadas e descriminadas na tomada de decisões.

Dizemos não aos conflitos armados e às guerras e as ocupações. Dizemos SIM a paz justa para os povos oprimidos.

Face a tudo isso, propomos reforçar nossas lutas para que os nossos países tenham sua soberania econômica, política e cultural face às instituições financeiras internacionais. Queremos a anulação das dívidas externas e ilegítimas e uma auditoria cidadã que permita aos povos de obterem reparação: as mulheres não devem nada, elas são as primeiras credoras das dívidas externas. Pedimos também aplicação efetiva da taxa Tobin.

Revindicamos a soberania alimentar dos povos e o consumo de produtos locais, a utilização de nossas sementes tradicionais, e acesso das mulheres à terra e aos recursos produtivos.

Queremos um mundo onde os homens e as mulheres tenham os mesmos direitos, as mesmas oportunidades no acesso ao conhecimento, à escolarização, à alfabetização e à educação e às tomadas de decisões, e os mesmos direitos ao trabalho e ao salário justo.

Pretendemos um mundo onde os Estados invistam na saúde das mulheres e dos nossos filhos, em particular na saúde materna.

Pedimos a ratificação e aplicação efectiva de todas as convenções internacionais, em particular a convenção 156 e a convenção 183 da OIT.

Queremos a democratização da comunicação e do acesso à informação.

Estamos solidárias com as mulheres palestinianas por um Estado Palestiniano democrático, independente, soberano, Jerusalém como a capital, e o regresso dos refugiados de acordo com a resolução 194 das Nações Unidas.

Estamos solidárias com as mulheres de Casamance pelo regressso à paz.

Estamos a favor da luta dos povos na Tunísia e no Egipto pela democrácia.

Com as mulheres da República Democrática do Congo  pelo fim do conflito.

Com as mulheres Kurdas, por uma sociedade democrática, ecológica, livre e igualitária entre as mulheres e os homens, e onde exista o direito de utilisar a sua língua materna na educação.

Estamos solidárias com o direito à autodeterminação das mulheres Saharaui, em conformidade com a resolução das Nações Unidas, e por encontrar uma solução pacífica segundo a Carta do Forum Social Magrebino.

Estamos solidárias com todas mulheres víctimas de catastrofes naturais, como Haïti, o Brasil, o Paquistão, Australia ...

Estamos solidárias com os milhões de mulheres e crianças refugiadas e deslocadas. Apelámos o regresso à sua terra e à liberdade de circulação.

Propomos a criação de redes de alertas e de informações para as mulheres que se encontram em zonas de conflito ou ocupação. Propómos o dia 30 de Março como o dia de solidariedade internacional com o povo Palestino e chamamos ao boicote dos produtos provenientes de ocupantes israelitas. Apelámos à realização de um Forum internacional de solidariedade pela luta do povo Palestiniano em 2012.

Reconhecemos todos os esforços de todas as mulheres do mundo e nos identificamos com as suas revendicações: O que lhe passa a uma de nós,  passa-nos a nós todas. É por isso que devemos lutar todas juntas.

Dakar, 11 de Fevereiro de 2011.

Organizações Assinantes:

A Marcha Mundial das Mulheres
La Via Campesina
A Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM)
Articulação Feminista MARCOSUR
IFWF -International Free Women Foudation
WILDAF – Senegal (Women in Law and Development in Africa)
AWID
CADTM- (Comité pela Anulação da Divida do Terceiro Mundo)
WIDE
Organização Continental Latino-Américana dos Estudantes (OCLAE)
UBM – União Brasileira das Mulheres
CEBRAPAZ
CTB
CUT (Brasil)
AMB- Articulação de Mulheres Brasileiras
Democratic Women Freedom Movement “DOKH”
Kurdish Women Peace Office
Women Center UTAMARA
Coordinacion de Mujeres del Paraguay CMP
Isis International
La Red de Mujeres de AMARC (AMARC-RIM/AMARC-RIF/AMARC-WIN).




 Pelo mundo

NOVO! Leia Questão Púbica, artigo de Ângela Freitas que faz parte da campanha de promoção do Guia para profissionais de comunicação sobre o tema do aborto, recém lançado pelas Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro.

 Recomendamos

NOVO! As Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro acabam de lançar a publicação ABORTO: Guia para profissionais de comunicação, disponível para download grátis via internet.
Jandira Queiroz



Um balanço do FSM de 2011
Cândido Grzybowski
Sociólogo, diretor do Ibase
Entre 6 e 11 de fevereiro de 2011, realizou-se em Dacar, no Senegal, a edição centralizada do FSM. Com mais de 50 mil participantes, de 130 países, foi um fórum que deixa suas marcas no processo iniciado em 2001, em Porto Alegre. Uma grande mobilização na volta do Senegal, com a organização de caravanas, garantiu a presença de importantes delegações de 12 países da África. Foi, no pleno sentido da palavra, um FSM africano, dada a presença de movimentos e organizações sociais de quase todos os países do continente. A destacar especialmente a forte presença magrebina, num momento de insurgência cidadã no países árabes. Aliás, as mudanças no mundo árabe deram aos participantes do Fórum Social Mundial deste ano a sensação mais concreta de estarem conectados com os processos de mudanças reais para que outro mundo seja possível. No entanto, foi, talvez, o FSM mais caótico em termos organizativos. A “ágora” virou cacofonia e muito desencontro, mas não deixou de ser inspiração e, ao seu modo, fortaleceu a determinação dos altermundialistas na luta cívica por mudanças.

Sobre o FSM 2011, quero destacar, antes de tudo, a importância simbólica e política de olhar o mundo a partir de Dacar. A diáspora africana, sob forma de tráfico negreiro de escravos, junto com a conquista, colonização e domínio de povos inteiros pelo mundo, é parte constituinte da civilização moderna, uma de suas condições históricas fundamentais da expansão capitalista, criando países ricos e pobres, desenvolvidos e subdesenvolvidos. A crise de civilização de hoje, neste sentido, não pode ser entendida sem ver como esta civilização industrial, produtivista e consumista, com mercantilização de tudo, em suas ondas sucessivas de globalização, gerou uma África inteira pobre e dependente. A diáspora, sob forma de migração, continua até hoje. O continente africano ainda é celeiro de mão de obra e seus imensos recursos naturais continuam sendo estratégicos aos olhos de grandes conglomerados capitalistas e dos governos imperialistas de plantão a seu serviço. Hoje, particularmente, a China no que tange os recursos naturais e a Europa em termos de mão de obra.

A ilha Gorée, uns 20 minutos de Dacar por barco, é um testemunho vivo do que foi o tráfico negreiro que capturou na África e transportou violentamente mais de 15 milhões de homens, mulheres e crianças – sem contar os que morreram nas “caçadas” humanas no interior do continente  - para o trabalho escravo nas Américas e no Caribe. As portas sem volta das casas de escravos, abertas para o mar, são hoje portas de entrada ao íntimo da gente, a mexer com nossas consciências e nos fazer pensar na nossa responsabilidade por tudo isto. Como brasileiro, a dor bate mais forte, pois o violente tráfico humano da África é o nosso passado, muito presente até hoje. Como é possível que a humanidade tenha inventado tal atrocidade! Mas algo pior que salta aos olhos: será que estamos tratando os migrantes africanos de hoje de forma melhor? Os navios de guerra italianos em Dacar, mirando os pequenos botes de migrantes que partem rumo às Ilhas Canárias, estranha parte da Europa espanhola, ao largo da costa atlântica, não são outra coisa que a versão moderna dos corsários da morte de ontem. De fato, o mundo não pode continuar assim. É hora de mudar esta civilização, clamor que se fortalece cada vez mais no FSM.

Entrando por dentro do FSM, é necessário reconhecer a sua capacidade de mobilizar sempre mais diferentes grupos, organizações e movimentos sociais pelo mundo afora. Rodar o mundo, contagiando gente e trazendo novas identidades políticas e culturais e novas vozes, parece ser o maior segredo da vitalidade do FSM. Quando se pensa que ele está em declínio, eis que ressurge com vitalidade. Este abraçar de novas realidades revelou-se mais uma vez, em Dacar, como fundamental ao processo FSM. Isto tem que continuar, pois ainda existe muito mundo, muitos povos, muita cidadania a ser mobilizada e contagiada pela força da ideia de que outro mundo é possível e, hoje, está no nosso horizonte. Esta é a sua força política. É bom que se registre aqui o que é desconhecido da mídia dominante, o fato da grande mobilização na região do Magreb, tendo realizado 10 fóruns (regionais, nacionais e temáticos) após o FSM 2009 e antes deste FSM de Dacar. Também anoto o efeito energizante nos participantes do fórum das mobilizações cidadãs, com as mudanças políticas que vem provocando, na Tunísia e Egito.
Mas o FSM 2011, em Dacar, revelou, também, a grande fragilidade no interior do FSM. Não fosse o poder da auto organização, uma das suas bases como espaço aberto à diversidade de sujeitos e à pluralidade de perspectivas por outro mundo, o FSM deste ano teria sido um grande desastre. Não estamos conseguindo aprender como organizar logisticamente grandes eventos, com salas e tradução multilíngua – nosso maior desafio, base da defesa do bem comum que é a diversidade cultural –, para acomodar o fórum. Dacar foi caótico, sobretudo nos dois primeiros dias, até que a auto organização encontrou formas de estabelecer o diálogo aberto. O fato é que o FSM foi prejudicado, especialmente para os que não dominavam o francês. O diálogo com organizações e movimentos africanos da África do Oeste foi mais simbólico do que real. Este é um desafio no processo FSM. Não é um desafio externo a ele. Trata-se de algo inteiramente sob a governança de suas instâncias internas de facilitação e organização. Não podemos ser derrotados por algo que tem a ver conosco mesmo! Precisamos deixar de competir para ver quem organiza o melhor fórum e juntar as forças, numa verdadeira obra de cidadania mundial. Um FSM bem organizado é possível. Sim, nós podemos! Mais, o mundo necessita do FSM como força mobilizadora e inspiradora.

Aqui cabe uma pequena reflexão sobre o processo do FSM e seu futuro. Penso o FSM como uma nova onda, onda da nascente cidadania planetária. Mas ondas, como no mar, supõe umas seguindo outras, num movimento de fluxo e refluxo. Para que a primeira onda do FSM, de mobilização e do despertar da cidadania produza uma nova cultura política, que abrace o mundo em sua diversidade e dela tire força, é necessário que o fórum chegue a todos os cantos e povos, na imensa, populosa e complexa Ásia, no Leste Europeu, no Mundo Árabe, no Caribe... Enfim, falta muito mundo para o fórum ser realmente mundial.
Sou dos que acham que o momento atual exige nossa presença, como FSM, na Europa. O FSM começou ancorado na vibrante sociedade civil brasileira. Galvanizou a América do Sul e é um dos pivôs das mudanças políticas aí ocorridas. Mas o fato é que não teria acontecido, não seria mundial, sem o apoio desde a primeira hora dos europeus, especialmente da cidadania ativa, dos sindicatos, organizações e movimentos socais da Europa latina. Com a enorme crise na Europa, especialmente nos países do Sul da Europa, com as esquerdas perdidas e incapazes de se entender, o próprio FSM é afetado. Acho que é a hora das “galeras”, desta vez dos colonizados, voltarem em solidariedade. Não se trata de nova conquista dos bárbaros, mas se trata, sim, da desimperialização das cabeças dos europeus, de sua cultura, como condição de nossa própria descolonização, deseuropeização. Enfim, no que tange o FSM, ele deve continuar como onda que galvazina, que aglutina, que motiva, que convida ao diálogo os diversos e desiguais, incluídos e excluídos, para mudar o mundo. Este se espraiar pelo mundo do FSM depende de circunstância políticas para realmente fincar raízes. Penso que tais circunstâncias existem na Europa e a realização de um FSM mundial em território europeu, como uma coprodução de europeus e cidadãos do mundo, será um fator decisivo para o próprio fórum enquanto arauto de um novo mundo. 

Mas o FSM não pode ficar dependente de grandes eventos pelo mundo afora. Isto precisa continuar, mas é apenas a primeira onda, a desbravadora, o movimento que abre caminho. Outras ondas devem seguir, também parte do movimento FSM. Na verdade, isto já está sendo inventado na prática. Falta pensar estrategicamente a respeito. Entre o FSM de Belém, em janeiro de 2009, e o fim de 2010 foram registrados – talvez haja bem mais, especialmente nacionais e locais – 55 fóruns sociais que adotaram a Carta de Princípios do FSM e se valeram da auto organização de atividades como base da garantia do espaço aberto. A maior parte destes fóruns foi temática. Todos foram puxados por grandes coalizões de organizações e movimentos, por “famílias” sociais, de 3 a 15, e chegaram a contar com a participação de 30 a 1 mil movimentos. Ou seja, a nova cultura do FSM alimenta estes eventos. Desenha-se, além do mais, uma clara dinâmica regional em tais eventos, com destaque para Brasil e América Latina, com quase a metade dos eventos. Neste quadro se destaca a Região do Magreb, responsável por 10 eventos, alguns nos países hoje em ebulição social.

Chamam a atenção entre os eventos os Fóruns Sociais Temáticos. Neles a cidadania organizada se engaja para aprofundar a temática e formular propostas, como segurança e soberania alimentar, migrantes, águas como bem comum, mulheres. Estamos diante de uma inovação do FSM, entre os grandes eventos de caráter mundial, com grandes potencialidades. O que chamo da necessária nova onda do FSM, seguindo a primeira dos eventos centrais, de confluência de todos, tentando abarcar o mundo, está aí esboçada. Precisamos transformá-la em estratégia do FSM. Esta segunda onda, que empurra a primeira e é por ela puxada, precisa ser incorporada conscientemente ao processo do FSM, ao movimento de construção da cidadania planetária. Organizar Fóruns Sociais Temáticos entre os eventos mundiais do FSM, que rodam o mundo, passa a ser indispensável. A usina de ideias em que o FSM se tornou precisa, como processo, de nodos que lhe dão forma mais concreta, que sistematizem as ideias e propostas e que virem referência.
A possibilidade de organizar o FS Temático sobre meio ambiente e desenvolvimento, em janeiro de 2012, em Porto Alegre, tendo em vista a Conferências da ONU Rio + 20, é uma grande oportunidade de experimentar modos de definir condições comuns de funcionamento dos fóruns temáticos no espírito do FSM. Mais, O Fórum Social Temático pode ser uma forma de organizar no Brasil, em Porto Alegre, onde o FSM começou, um dos nodos que alimentará a segunda onda. Está ao nosso alcance, das organizações e movimentos sociais brasileiros, o desafio de enfrentar tal tarefa e, com ela, energizar o FSM como processo. Isto sem perder o objetivo mais imediato que é incidir com força na Rio + 20.
Uma outra Africa é urgente
Entre a Africa do Sul e o Senegal, a organização brasileira do Forum Social Mundial acertou em firmar a posição de realizar esta décima-primeira edição em Dakar. É fundamental para os que militam por um outro mundo possível entrar em contato com a realidade em que o Senegal mergulhou nesses também onze anos de governo de Abdoulay Wade, depois do esforço poético e bem-sucedido de Leopold Sedar Senghor de promover no país ,e propagar pelo continente, o orgulho de suas culturas e a força política do sentido do Panafricanismo.
Abdoulay Wade é o terceiro presidente da República do Senegal. Está com 85 anos e isso não teria a menor importância se seu discurso conseguisse ser compreendido nos dias de hoje. O que não é o caso nem para a esquerda nem para a direita, que lutam por outro mundo. Abdouly é praticante declarado do liberalismo clássico, e não é exagero afirmar que Adam Smith reconheceria nele sua imagem e semelhança. A ala mais intelectual do tucanato brasileiro tenderia, inclusive, a achá-lo um tanto quanto radical.
"Sou um liberal, um partidário da economia de mercado", declarou Abdoulay na mesa O lugar da África na geopolítica mundial, que tratou do tema, na qual também falou o ex-presidente Lula. Senhor de uma autenticidade raramente vista para um chefe de Estado, Abdoulay revelou à audiência que não queria tê-los em seu país por não acreditar nem ver nenhum resultado prático nas ações dos alteromundistas. Mas, já que estavam, que fossem bem-vindos e realizassem suas atividades sem violência. Afirmando sua convicção na eficácia do modo liberal de tratar os problemas, Abdoulay disse que vem discutindo com os organismos financeiros internacionais a proposta de taxar em 20% as operações transnacionais de transferência financeira. E estava confiante. A partir desse momento, teve início o abismo de compreensão entre o que dizia o presidente do Senegal e o público presente. Muitos estrangeiros pensaram ser uma questão de tradução. André Peixoto de Souza, 33 anos, professor de Ciência Política, do Paraná, foi um deles. Verificado que não, dividiram-se entre o constrangimento e o risada abafada. Como "homem que acredita na transformação pelas ideias", o presidente do Senegal relatou ainda, com orgulho, o fato de o país ter um Código de Imprensa aprovado consensualmente entre jornalistas, sociedade e governo, "sem debate". A seguir, elogiou o crescimento econômico do país utilizando a renda per capita como indicador: "passamos de 500 dólares, em 2000, para 1.240 dólares hoje", disse, no melhor estilo liberal, desconsiderando a distribuição da renda como fator fundamental para  o desenvolvimento equilibrado. 
A palestra do presidente Abdoulay Wade forneceu a base teórica da realidade exposta nas ruas de Dakar: indigência traduzida num infinito camelódromo a céu aberto. O Senegal tem 12 milhões de habitantes, 48% desempregados e 67% analfabetos. Agora, Abdoulay tenta a reeleição de seus ideais por meio de seu filho, Karim Wade. Os jovens senegaleses esclarecidos já dizem que o presidente está reestabelecendo o princípio ancestral de império que está na origem dos grupos étnicos. Se Karim vencer, o Partido Democrático Senegalês terá mais quatro anos de exercício da democracia liberal da ordem espontânea do livre mercado. Para o papel que o Senegal vai desempenhar no lugar da África na geopolítica mundial, isso deve significar uma intensa atividade política dos movimentos dos 123 países presentes ao FSM, que vão ter muito o que fazer para que o outro mundo possível não seja um ainda mais incrível mundo novo.
Hoje, entre os 54 países do continente africano, só Africa do Sul e Cabo Verde, que acaba de realizar eleições e garantir a vitória do Partido da Independëncia de Cabo Verde (PAICV), são democracias comprometidas com crescimento traduzido em redução da desigualdade, da fome, da pobreza e do desemprego, e articulados com a preservação ambiental.
Jovens, Internet e política: pensando o uso das novas tecnologias nas mobilizações sociais
Patrícia Lânes*

As manifestações em curso no Egito nas últimas semanas abrem a possibilidade de uma série de reflexões sobre o uso da Internet e das chamadas NTIC (Novas Tecnologias da Informação e Comunicação) nas mobilizações sociais, sobretudo as de massa, nos nossos dias. Artigo de Felipe Corazza, publicado em 03 de fevereiro de 2011 no site da Carta Capital, engrossa o debate falando do papel desempenhado por esses meios, problematizando o fato de terem sido eles os responsáveis pela adesão massiva da população egípcia às manifestações contra o atual presidente do país, o ditador Hosni Mubarak, há três décadas no poder.
Alguns jovens egípcios falam que, através das redes sociais da Internet, a mobilização para a ação nas ruas já vinha acontecendo há mais de um ano. Outros, no entanto, têm uma visão diferente e dizem que com ou sem Internet a população estaria nas ruas. No entanto, aliada às novas tecnologias, a Internet vem cumprindo o papel de mostrar as manifestações para o mundo e conseguir novas adesões. Nas palavras do jornalista e blogueiro egípcio Hossam el-Hamalawy, em entrevista ao professor da Universidade da Califórnia Mark LeVine: “A internet desempenha um papel na difusão da palavra e das imagens do que ocorre no terreno. Não utilizamos a internet para nos organizar. A utilizamos para divulgar o que estamos fazendo nas ruas com a esperança de que outros participem da ação.”
A Internet ou os torpedos (mensagens) via celular, o Facebook ou o Twitter jamais poderiam sozinhos ser responsáveis pelo engajamento de milhares de pessoas a determinada causa. No entanto, eventos recentes, dos quais talvez o Egito seja o caso mais evidente e paradigmático, indicam que não é mais possível relegar o uso dessas tecnologias a uma posição coadjuvante quando se trata de causas coletivas. A relação que sempre aparece nesse debate é entre o uso dessas novas tecnologias e suas ferramentas, espaços de articulação e os(as) jovens.
Aqueles e aquelas que foram socializados nesses novos meios ainda crianças e adolescentes, uma geração que nasceu junto ou depois de celulares, Internet e derivados, têm maior facilidade para conhecer e criar novas possibilidades para seus usos. No entanto, é também muito criticado o uso de tais tecnologias para a publicização da vida privada, que estaria contribuindo para propagar um ethos individualista e consumista. Os meios abrem possibilidades, mas seus usos são orientados pelas ações e idéias disponíveis socialmente.
Estudo recente realizado por Ibase, Pólis e instituições de pesquisa em seis países da América do Sul, com apoio do IDRC, evidenciou que muitas das manifestações públicas lideradas por jovens na última década tiveram forte vinculação com os meios de comunicação (comerciais e as ditas mídias alternativas) e com as novas tecnologias da informação. Muitas ações dos movimentos pressupõem uma face pública, se fazer ver e ouvir pelo restante da sociedade para mobilizar população e pressionar governos, empresas etc. E os meios de comunicação têm papel importantíssimo.

No Chile em 2006, milhares de estudantes secundaristas protagonizaram o que ficou conhecido dentro e fora do país como Revolução dos Pinguins (referência ao uniforme dos estudantes). Eles ocuparam suas escolas por discordar dos encaminhamentos dados pelo governo do país em relação à educação, reivindicando educação pública, gratuita e de qualidade. Além da ocupação física do espaço escolar, a criação de blogs e fotologs das ocupações e do movimento ajudou a dar o caráter nacional e descentralizado da manifestação (que se recusou a ter apenas um porta-voz) e a mobilizar cerca de 800 mil estudantes em dois meses de norte a sul do país. Entre as demais ações estudadas inicialmente pela pesquisa em questão (Juventude e Integração Sul-americana, Ibase, Pólis, 2008), muitas se utilizam de blogs, fotologs e fóruns de debates virtuais para mobilizar e organizar suas ações. Foi o caso do Fórum de Juventudes do Rio de Janeiro, dos jovens sindicalizados do telemarketing, dos grupos de hip hop aymara de El Alto (Bolivia), dos coletivos juvenis ligados ao Departamento de Juventude de Concepción (Chile), dos estudantes secundaristas organizados na Fenaes (Paraguai), de grupos articulados na Coordinadora por la Legalización de la Marihuana (Uruguai) ou dos Jóvenes de Pie (Argentina). Em todos esses exemplos, o uso da Internet e das novas tecnologias de informação e comunicação se combinam a formas “tradicionais” de militância e essas combinações possíveis também trazem pistas de um jeito próprio dessa geração fazer política.

Talvez um dos exemplos mais contundentes e reveladores seja o do Acampamento Internacional da Juventude (AIJ), organizado durante as edições brasileiras do Fórum Social Mundial (FSM), em especial naquelas que ocorreram em Porto Alegre. Ali, as possibilidades de inventar e praticar novas formas de comunicação e novas maneiras de produzir informação rompiam fronteiras e abriam espaços para o diálogo, hoje cada vez mais cotidiano, entre rádio, televisão, Internet, cinema e produções artísticas das mais variadas. Nesse caso em especial, as experimentações com os meios se aliavam a um debate mais denso sobre auto-gestão e a produção, reprodução e disseminação do que é produzido dentro e fora da rede, do qual o software livre é um ótimo exemplo. Ao analisar as formas de participação social dos jovens, Vital e Novaes apontam que: “No âmbito da participação social de jovens, as NTIC (novas tecnologias de informação e comunicação) se tornam instrumentos úteis para a circulação de informações sobre vários temas e causas e, ao mesmo tempo, alimentam novas bandeiras de luta, como os movimentos que lutam pelo software livre (Vital, Novaes, 2005, p. 125)

Recuperando as pistas deixadas pelos últimos acontecimentos do Egito, é possível vislumbrar que as novas tecnologias da informação e da comunicação fazem parte do cotidiano dos(as) jovens, em cada vez maior escala, nos centros e periferias do Brasil e do planeta, sendo “natural” que estejam em seu repertório de sociabilidades e também de lutas e mobilizações. Os jovens não são reféns das tecnologias. Se as formas de sociabilidade foram alternadas a partir da experiência das mudanças tecnológicas, as culturas locais e as formas mais ou menos tradicionais de se fazer política continuam aí. As mobilizações podem acontecer com a ajuda de redes sociais como Orkut, Facebook ou Twitter. No entanto, a ocupação das ruas e espaços públicos ou o fechamento de ruas e estradas continuam gerando a repercussão social e política que tiveram os últimos acontecimentos. E é ótimo que sejam filmados por celulares e difundidos pelo youtube. As implicações políticas e sociais e as mudanças em curso geradas por tais manifestações só estão acontecendo porque o uso das novas tecnologias está sendo, uma vez mais, combinado com a ocupação massiva e permanente de ruas, praças e avenidas!
De acordo com as conclusões da pesquisa Juventudes Sul-americanas, publicadas no Livro das Juventudes Sul-americanas (Ibase, Pólis, 2010) “(...) se é verdade que esta é a geração da “tecnossociabilidade”, é preciso não minimizar a convivência das novas tecnologias com diferentes agências de socialização, tais como a família, bairro, escola, igrejas. A sociabilidade de determinado segmento juvenil é sempre fruto de diferentes combinações de espaços de socialização. Isso porque o “atual” é composto por uma variedade de arranjos entre tradição e inovação, presentes na vida de diferentes segmentos juvenis. Sem levar em conta esses aspectos, corre-se, mais uma vez, o risco de homogeneizar a juventude. Compreender a existência de diferentes dinâmicas no uso das tecnologias é também uma forma de transpor obstáculos para que as chamadas “minorias ativas” (jovens que participam de grupos, redes e movimentos) se aproximem mais da realidade da maioria da juventude de cada país”. ( p.103) Os últimos acontecimentos protagonizados também por amplos segmentos da juventude egípcia é um bom exemplo disso.
*Socióloga e pesquisadora do Ibase
Documentos e páginas eletrônicas consultados:
6 demandas para a construção de uma agenda comum: relatório sul-americano da pesquisa “Juventude e Integração Sul-americana – caracterização de situações-tipo e organizações juvenis”, Ibase, Pólis, 2008.
BOL Notícias, “Último provedor de internet  do Egito deixa de funcionar”. 31 de janeiro de 2011.

Corazza, Felipe. “A revolução é online e offline”. Site da Carta Capital, 3 de fevereiro de 2011.

IG/ New York Times/ Luis Nassif Online. “O grito de guerra online no Egito: Jovens impulsionam apelo para expulsar líder do Egito”, 29 de janeiro de 2011.

La Demanda Secuestrada – Situacion tipo del Movimento Estudantil Secundario, CIDPA, Chile, 2007.

Novaes, Regina; Ribeiro, Eliane. (orgs). Livro das Juventudes Sul-americanas, Ibase, Pólis, 2010.

Novaes, Regina. Vital, Christina. A juventude de hoje: (re)invenções da participação social. In: Thompson, Andrés A. (org.) Associando-se à juventude para construir o futuro. São Paulo: Peirópolis, 2005.

O Recôncavo, “Al- Jazeera: Jornalista e blogueiro egípcio fala sobre rebelião”, 1º de fevereiro de 2011.

Homicídio é a principal causa de morte de jovens no País


Mapa da Violência 2011 – Homicídio é a principal causa de morte de jovens no
País

http://www.viablog.org.br/mapa-da-violencia-2011-%e2%80%93-homicidio-e-a-pri
ncipal-causa-de-morte-de-jovens-no-pais/


EcoDebate

Relatório sobre impactos da Transposição do Rio São Francisco é lançado em Recife

A comunidade quilombola Cupira, localizada no município de Santa Maria da Boa Vista, sertão pernambucano, terá o seu território completamente inundado em consequência da construção da barragem de Riacho Seco, uma das obras que integra o grande projeto de transposição do Rio São Francisco. Ainda que as obras de construção da barragem não tenham sido iniciadas, as 250 famílias que formam a comunidade – que ainda luta para ter o título de seu território -, já sentem os impactos deste grande projeto e sofrem com a falta de informação. Os quilombolas chegaram a procurar por diversas vezes o Ministério de Integração Nacional para obter informações sobre o futuro da comunidade, mas não foram recebidos nenhuma das vezes, nem têm qualquer expectativa de quando terão seus direitos reparados.
“Essas Grandes empresas entram em nossa comunidade e nos impõe tudo, passam por cima de nosso território. Esses são empreendimentos que não vem pra trazer benefício para a população, e sim para explorar e desrespeitar o nosso direito de viver. Durante os 200 anos de existência da comunidade, não houve nenhuma preocupação por parte do governo em garantir políticas públicas que beneficiassem as famílias”. Explica a quilombola da comunidade e integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Fernanda Rodrigues.
Este, assim como dezenas de outros casos de violação dos Direitos Humanos causados pela Transposição do Rio São Francisco em comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas, ribeirinhas e camponesas encontram-se sistematizados no Relatório da Missão à Petrolina e região do rio São Francisco (PE), realizado pela Relatoria do Direito Humano à Terra, Território e Alimentação, da Plataforma Dhesca. O documento foi lançado na tarde desta última terça-feira, dia 22, na Assembleia Legislativa, em Recife, e contou com a participação de diversas organizações e movimentos sociais. Durante o lançamento, o relator do documento, o sociólogo Sérgio Sauer ressaltou que “ são centenas de comunidades atingidas sem o reconhecimento de seus direitos básicos como o de auto-reconhecimento, o direito à terra e território, saúde, educação, informação, alimento e à água. É um investimento grandioso, com uma imensa quantia de recursos públicos e de capital humano para realizar uma obra que viola os direitos mais fundamentais da população”.
Sério Sauer destacou que um dos principais direitos violados é o da terra e território e o direito à informação: Muitas comunidades sabem que serão completamente dizimadas, como é o caso do quilombo de Cupira, mas não recebem informações sobre as obras que inundarão seu território e nem sequer foram ouvidas durante o processo. De acordo com a convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário, todas as comunidades tradicionais que tiverem algum tipo de impacto com a construção de obras, incluindo as públicas, deverão ser consultadas durante todo o processo e serão elas que por fim decidirão se querem ou não ver alguma grande obra impactar o seu território.
Para o coordenador da CPT nacional, Padre Hermínio, que também esteve presente no lançamento, a lógica do projeto de Transposição do Rio São Francisco além de todos os fatores já colocados, é a de distribuição vertical das águas, privilegiando as grandes empresas e não garantir o abastecimento para as comunidades, para a população em geral. “Este projeto também fere a nossa cultura, as iniciativas populares de convivência com o semi-árido, o conhecimento tradicional e os territórios das comunidades tradicionais” ressaltou.
Além da denúncia de violações, o documento também pretende incidir sobre os órgãos públicos responsáveis através de uma série de recomendações que possam combater a violação dos direitos humanos. Órgãos do Governo que estão envolvidos na obra, como a Chesf, o Ministério de Integração Nacional, Minas e Energia, Iterpe e o Incra, por exemplo, além dos próprios parlamentares, foram todos convidados a participarem do lançamento, mas nenhum desses esttiveram presente na ocasião.
Informe da Comissão Pastoral da Terra – Regional NE II, publicado pelo EcoDebate, 25/02/2011
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Raul Motta
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"É fácil pensar, é difícil agir, mas agir segundo o próprio pensamento é o mais difícil" [Göethe]
bloco A Mulherada
Venha brincar com consciência  neste carnaval  no bloco A Mulherada, que vai homenagear as mulheres do século XXI, durante 3 dias.Preparamos um belíssimo desfile na quinta- feira  com 150 percussionistas e uma  ala de com 200 dançarinas e sua presença é muito importante!

Serviço:
Bloco A Mulherada Tema: Mulheres do século XXI e a percussão no feminino
Onde:
Campo Grande Horário: 20 hs  - local –– dia 3/03/2011
Barra Ondina Horário: 21 hs  - local –– dia 6/03/2011
Barra Ondina Horário: 23 hs  - local –– dia 8/03/2011

Ultima Data da entrega da fantasia: 28/02/2011 ,  a entrega será mediante a entrega de 01 LATA DE LEITE EM PÓ E 01 PACOTE DE FRALDA GERIATRICA

LOCAL DA ENTREGA DAS FANTASIAS: Rua do Tesouro, 39 1° andar – Centro -  referência em frente  a secretaria Municipal da Fazenda  (SEFAZ)  - prédio Amarelo

Horário de entrega das fantasias: Das 14 h às 17 horas
Estrutura do Bloco: Trio elétrico, Segurança e cordeiros , Banda a Mulherada e convidados
Outras informações: 33275167 / 99259529 /8829529
amulherada@terra.com.br

Tocar pode. Bater não! Diga não a violência contra as mulheres.




Reginho e Banda Surpresa - Quero Não (Clipe da Campanha Aids / Carnaval ...

Relato reuniões dos pontos com as regionais do MINC.


Pontos de Cultura da Bahia se reunem em Salvador

Representantes do Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia, reaniram-se em Salvador no dia 18 de fevereiro de 2011, no Conselho Estadual de Cultura, Salvador/Bahia, para a primeira reunião do ano. O encontro tem a finalidade de discutir a atual conjuntura da política cultural do MinC e da SECULT/BA. Assim como, definir diretrizes e aprovar o plano de trabalho das atividades do Movimento Estadual dos Pontos de Cultura para 2011.

O evento contou com a presença do Secretário de Cultura da Bahia, Sr Albino Rubim, da Superintendente/SUDECULT a Srª Ângela Andrade, da Coordenadora dos Pontos de Cultura da Bahia a Srª Renata Camarotti, e da Srª Norma Viana. Marcaram presença também a Srª Mônica Trigo, Representante da Regional Bahia do MinC e do Sr Carlos Henrique Chenaud.

Além dos representantes Territóriais do Fórum (G26) e da Comissão Executiva (G08), vários coordenadores de Pontos de Cultura da Capital e do interior se fizeram presentes.

Contamos com a cobertura e a colaboração do ITEIA, na pessoa do Pedro Jatobá, que contribuiu e esclareceu acerca da discussão do Creative Commons, assim como articulou a adesão do Movimento para a campanha de coleta de assinatura virtuais.

Confira a CARTA ABERTA e contribua, clicando AQUI
Confira a cobertura do ITEIA, clicando AQUI

Na ocasião, foi lida e entregue ao Secretário de Cultura, uma carta de Boas vindas do Movimento Estadual, contendo suas principais demandas e dúvidas. Todos os Pontos reivindicados foram esclarecidos e encaminhados, o Secretário se comprometeu a apoiar o Programa Cultura Viva e garantiu o diálogo com os Pontos de Cultura.

Para acessar o texto da Carta dos Pontos da Bahia, clique AQUI

Foram criadas 03 Comissões para tratar com a SECULT e articular com os Pontos de Cultura:

Formação para os PCs
TEIAS 2011
Copa 2014

O tempo foi curto para tantas discussões e encaminhamentos, mas foram importantes as informações socializadas, as decisões coletivas tomadas e os encaminhamentos trarão benefícios para a rede dos Pontos de Cultura da Bahia.

Breve estaremos postando a ATA.

Comissão de Comunicação dos Pontos de Cultura da Bahia

 
ENCONTRO REGIONAL SUL EM SC dias 24 e 25 de Fevereiro.  

 Encontro Estadual de Pontos de Cultura, com a presença da Carla Ribeiro da Regional Sul do MinC e do Sérgio Maibieli novo Coordenador Estadual dos Pontos de Cultura, edital estadual.

Relato reuniões dos pontos com as regionais do MINC.


Pontos de Cultura da Bahia se reunem em Salvador

Representantes do Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia, reaniram-se em Salvador no dia 18 de fevereiro de 2011, no Conselho Estadual de Cultura, Salvador/Bahia, para a primeira reunião do ano. O encontro tem a finalidade de discutir a atual conjuntura da política cultural do MinC e da SECULT/BA. Assim como, definir diretrizes e aprovar o plano de trabalho das atividades do Movimento Estadual dos Pontos de Cultura para 2011.

O evento contou com a presença do Secretário de Cultura da Bahia, Sr Albino Rubim, da Superintendente/SUDECULT a Srª Ângela Andrade, da Coordenadora dos Pontos de Cultura da Bahia a Srª Renata Camarotti, e da Srª Norma Viana. Marcaram presença também a Srª Mônica Trigo, Representante da Regional Bahia do MinC e do Sr Carlos Henrique Chenaud.

Além dos representantes Territóriais do Fórum (G26) e da Comissão Executiva (G08), vários coordenadores de Pontos de Cultura da Capital e do interior se fizeram presentes.

Contamos com a cobertura e a colaboração do ITEIA, na pessoa do Pedro Jatobá, que contribuiu e esclareceu acerca da discussão do Creative Commons, assim como articulou a adesão do Movimento para a campanha de coleta de assinatura virtuais.

Confira a CARTA ABERTA e contribua, clicando AQUI
Confira a cobertura do ITEIA, clicando AQUI

Na ocasião, foi lida e entregue ao Secretário de Cultura, uma carta de Boas vindas do Movimento Estadual, contendo suas principais demandas e dúvidas. Todos os Pontos reivindicados foram esclarecidos e encaminhados, o Secretário se comprometeu a apoiar o Programa Cultura Viva e garantiu o diálogo com os Pontos de Cultura.

Para acessar o texto da Carta dos Pontos da Bahia, clique AQUI

Foram criadas 03 Comissões para tratar com a SECULT e articular com os Pontos de Cultura:

Formação para os PCs
TEIAS 2011
Copa 2014

O tempo foi curto para tantas discussões e encaminhamentos, mas foram importantes as informações socializadas, as decisões coletivas tomadas e os encaminhamentos trarão benefícios para a rede dos Pontos de Cultura da Bahia.

Breve estaremos postando a ATA.

Comissão de Comunicação dos Pontos de Cultura da Bahia

 
ENCONTRO REGIONAL SUL EM SC dias 24 e 25 de Fevereiro.  

 Encontro Estadual de Pontos de Cultura, com a presença da Carla Ribeiro da Regional Sul do MinC e do Sérgio Maibieli novo Coordenador Estadual dos Pontos de Cultura, edital estadual.

Minc perde R$ 237 milhões de fundo


Corte foi nas emendas parlamentares para área artística, mecanismo que teve escândalo revelado no fim do ano

23 de fevereiro de 2011 | 0h 00
 
Jotabê Medeiros - O Estado de S.Paulo
 
O Congresso Nacional cortou anteontem R$ 237 milhões em emendas parlamentares para o Ministério da Cultura, o que reduz drasticamente as verbas destinadas ao setor este ano no País (no total, as emendas vetadas em todo o governo federal somam R$ 1,86 bilhão).

Denise Andrade/Divulgação-5/7/2010
 
Instituto Tomie Ohtake. Reforço nas verbas de galeria não deve vir mais
Grande parte das emendas cortadas está agrupada em rubricas vagas, como "fomento a projetos de arte e cultura", sem a especificação de quais seriam esses projetos. Poucas tinham destino certo, mas essas devem comprometer planos de instituições e programas importantes pelo País. É o caso, por exemplo, de três emendas do deputado William Woo (PPS-SP), que destinariam R$ 900 mil para o Instituto Manabu Mabe, R$ 200 mil para o Instituto Tomie Ohtake e R$ 100 mil para o Museu Brasileiro de Escultura. Esse dinheiro não chegará mais.
O Ministério da Cultura esteve no centro de um escândalo no ano passado, quando o Estado revelou que diversas emendas parlamentares para a área artística, na verdade, foram destinadas a entidades fantasmas. O relator das emendas, Gim Argello, foi envolvido na destinação irregular de recursos e renunciou ao posto. A deputada Luciana Costa (PR-SP), que naquela ocasião também destinou recursos a entidade que os repassou a terceiros, tinha duas novas emendas sugeridas para o MinC, no total de R$ 1,5 milhão.
Os cortes atingiram situação e oposição indistintamente. O deputado Sarney Filho (PV-MA), filho do presidente do Senado, José Sarney, teve cortada uma emenda de R$ 2,7 milhões para "fomento a projetos de arte e cultura no Estado do Maranhão" .
O maior valor cortado foi de R$ 5 milhões, proposto para um plano de "preservação de bens culturais de natureza material" da Mitra Arquidiocesana de São Paulo, pelo deputado suplente José Carlos Stangarlini, do PSDB de São Paulo (autor do projeto que institui o Ensino Religioso como disciplina regular nas escolas públicas de São Paulo).
Outra instituição que vai sofrer um choque em seus projetos para o ano é a União Nacional de Estudantes (UNE). Caiu uma emenda de R$ 650 mil que tinha sido apresentada pelo deputado Osmar Júnior, do PC do B do Piauí. A Umes (União Municipal dos Estudantes Secundaristas) viu cair uma emenda de R$ 100 mil de Jilmar Tato (PT-SP).
O ex-candidato a vice-presidente da República, deputado Índio da Costa (DEM-RJ) teve cortada emenda que destinaria R$ 850 mil para atividades audiovisuais do Instituto Cultural Cidade Viva, no Rio. Marisa Serrano (PSDB-MS) teve cortadas emendas para Corumbá, Eldorado e Porto Murtinho, um total de R$ 1,650 milhão.
Fernando Gabeira (PV-RJ), já sem mandato, propôs R$ 1 milhão para a recuperação do Cine Teatro Vitória (Resende, RJ), e R$ 200 mil para o Museu Casa do Pontal. Ricardo Berzoini (PT-SP), ex-presidente do PT, propôs quatro emendas para São Paulo e Distrito Federal, no total de R$ 1,3 milhão. Bancadas sem partido de Minas, Rio e Mato Grosso propuseram emendas de R$ 76 milhões.
O Ministério da Cultura informou que ainda aguarda decisão sobre novos cortes para saber qual será sua estratégia de ação em 2011. Segundo ponderou o MinC, só após o Ministério do Planejamento e a presidência editarem o decreto com o contingenciamento global do orçamento é que seria possível saber o que será feito. Por enquanto, o ministério está em compasso de espera. O ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) anunciaram a disposição de reduzir as despesas em R$ 50 bilhões. O decreto com a programação orçamentária, em que constaria o bloqueio, poderia ser anunciado ainda ontem.
PREJUDICADOS
Instrumentos
Aquisição de instrumentos mu-sicais em Santa Maria da Serra (SP), emenda do deputado
Lobbe Neto (PSDB-SP)
Coros
Encontro internacional de Coros em Alagoas e restauração do Palácio Floriano Peixoto, em Penedo (AL), de João Tenório (PSDB-AL)
Hip hop
Associação Ala Urso do Poço de Santana (RN), de Fábio Faria (PMN-RN)
8º Festival Amazônico e Internacional de Hip Hop (Amapá), de Dalva Figueiredo PT-AP)
Letras
Reforma da Academia Paraense de Letras, de Lira Maia (DEM-PA)