Se desejar somente pesquisar o catálogo e acessar as obras disponíveis digitalmente (on-line), utilize a opção “Busca” sem a necessidade de login e senha.
No ar! Confira no site da TEIA Nacional o resultado da chamada pública para a seleção da Mostra Artística da #TEIAdaDiversidade: http://bit.ly/ MostraArtisticaTEIAdaDivers idade
CONVITE: Reunião do Fórum Permanente dos Pontos de Cultura RS
Boa tarde, Pontos de Cultura de Porto Alegre e Região Metropolitana.
Convidamos
tod@s a retomar nossas reuniões de Fórum Permanente dos Pontos de
Cultura nessa terça-feira, dia 29 de maio às 18:30 na sala C2 da Casa de
Cultura Mário Quintana, no Centro de porto Alegre.
A pauta é a preparação para a Teia Nacional da Diversidade.
O Site da Teia Nacional da Diversidade é: culturadigital.br/ teiadadiversidade e tem o Facebook TeiaNacional com mais atualizações. Lembrando que estamos postando informações também no pontosdeculturars. redelivre.org.br
Como muitos sabem, falta pouco menos de um mês
para o nosso encontro nacional, a Teia da Diversidade e, apesar de
nossos esforços, não conseguimos estabelecer frequência nos nossos
encontros após nosso Fórum dos Pontos de Cultura RS. Por isso mesmo é
importante o esforço de todos para que possamos nos organizar e fazer
valer esse processo.
Contamos com a presença de todos e sintam-se a vontade para convidar membros de Pontos de Cultura e colaborar nessa mobilização.
Abaixo estão os links para se inscrever ou retirar da lista de e-mail ponstodecultura .
Abraços.
--
Ana Paula Stock
Vice-representante Pontos de Cultura RS
Ponto de Cultura Biblioteca Social Mundial
Cultura RS celebra Dia Internacional do Livro com grande programação
A Secretaria de Cultura
RS preparou uma grande programação para celebrar o Dia Internacional do
Livro (23 de abril). Serão inúmeras atividades, em diferentes lugares do
estado, promovendo o hábito da leitura.
O Instituto Estadual do Livro (IEL)
promoverá 27 encontros com escritores do projeto Autor Presente em treze
municípios do estado. A ação conta com apoio da Associação Gaúcha de
Escritores (Ages) e das escolas, bibliotecas e demais entidades
participantes. Haverá ainda apresentação do Cardápio Literário do IEL,
com Letícia Schwartz, às 17h30min, no Catamarã, e colagens de adesivos
com poemas de Henrique do Valle em cinco ônibus de linhas
intermunicipais – Santa Rosa, Ijuí, Bagé, Santo Ângelo e Livramento –,
em uma parceria com a empresa Ouro e Prata e a Associação Lígia
Averbuck.
O Sistema Estadual de Bibliotecas, em
parceria com o Sistema Nacional de Bibliotecas (ligado ao Ministério da
Cultura), anunciará o resultado do edital de Modernização de Bibliotecas
Públicas, voltado a Prefeituras, em seminário realizado na sede do
Instituto Estadual do Livro (IEL – Rua André Puente, 318, Porto Alegre).
São 32 projetos selecionados, totalizando 139 municípios com
bibliotecas modernizadas desde 2011, em um investimento que supera R$
3,5 milhões. No mesmo encontro, será realizada uma atividade de
mobilização do projeto Mais Bibliotecas Públicas, organizado em conjunto
com o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, voltado à qualificação
das bibliotecas públicas, dos sistemas (municipais, estadual e
nacional), além da mobilização de esforços para que o Rio Grande do Sul
zere o número de municípios sem bibliotecas públicas municipais
(atualmente, são apenas dois municípios sem bibliotecas).
À noite, o IEL recebe o troféu Amigos do
Livro/2013, no Átrio do Santander Cultural, homenagem prestada pela
Câmara Rio-Grandense do Livro. Os encontros do Autor Presente serão
realizados em 12 escolas, 11 bibliotecas públicas e comunitárias e, como
parte do novo programa Autor na Paz, no presídio Madre Pelletier; no
Chalé da Cultura do Grupo Hospitalar Conceição; no abrigo Aima
(Acolhimento Institucional Municipal Amarelinha), de Cachoeirinha; e no
asilo Padre Cacique.
Ao longo da Semana do Livro, outras
atividades foram programadas pelo IEL, entre elas o seminário O Direito à
Leitura, a ser realizado na quinta-feira (24 de abril) em conjunto com a
Secretaria Estadual de Educação (Seduc), durante todo o dia, no IPA
(rua Coronel Joaquim Pedro Salgado – Rio Branco). Na sexta-feira, dia
25, Letícia Schwartz faz nova apresentação do Cardápio Literário do IEL
na Estação Rodoviária, Sala Vip da Ouro e Prata.
Confira a lista completa de encontrosAutor Presente/Autor na Paz desta quarta-feira, 23 de abril:
PORTO ALEGRE
PRESÍDIO MADRE PELLETIER
PAULO SEBEN
——————————
PORTO ALEGRE
GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO (GHC) – CHALÉ DA CULTURA
ALEXANDRE BRITO
——————————-
CACHOEIRINHA
ABRIGO AIMA – ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL MUNICIPAL AMARELINHA
ANA MELLO
——————————
PORTO ALEGRE
ASILO PADRE CACIQUE
BRENO SERAFINI *
——————————-
PORTO ALEGRE
BIBLIOTECA COMUNITÁRIA CHOCOLATÃO – REDE DE BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS
LILIAN ZIEGER
—————————–
PORTO ALEGRE
JARDIM IPIRANGA – REDE DE BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS
LEILA DA SILVA PEREIRA
—————————–
PORTO ALEGRE
CEPRIMOTECA – REDE DE BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS
MARIO PIRATA
————————–
PORTO ALEGRE
ANINHA PEIXOTO – REDE DE BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS
ALEXANDRE CARVALHO
—————————–
PORTO ALEGRE
BIBLIOTECA COMUNITÁRIA CRISTAL – REDE DE BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS
NILVA FERRARO
——————————
PORTO ALEGRE
BIBLIOTECA COMUNITÁRIA ILÊ ARÁ (MORRO DA CRUZ)
RICARDO SILVESTRIN
——————————
NOVO HAMBURGO
BIBLIOTECA COMUNITÁRIA ERICO VERISSIMO – BAIRRO SANTO AFONSO
SIMONE SAUERSSIG
——————————-
ARROIO DO SAL
BIBLIOTECA MUNICIPAL CLOVIS WEBBER RODRIGUES
LETÍCIA LUDWIG MOELLER
——————————
CHARQUEADAS
BIBLIOTECA MUNICIPAL DE CHARQUEADAS
MARÍLIA FICHTNER
—————————-
PORTO ALEGRE
BIBLIOTECA PÚBLICA DO ESTADO – SALÃO MOURISCO
MARCELO SPALDING
——————————
PORTO ALEGRE
BIBLIOTECA ROMANO REIF
JOSÉ WEIS *
——————————-
VIAMÃO
EEEM ORIETA
ANGELICA RISI
——————————
PORTO ALEGRE
EEEM CEARÁ
PAULO WAINBERG*
——————————
PORTO ALEGRE
EEEF AYRTON SENNA DA SILVA
JORGE L. MARTINS
——————————
GRAVATAÍ
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO JOSÉ MAURÍCIO
RUBEM PENZ
——————————
MONTENEGRO
COLÉGIO ESTADUAL IVO BUHLER (CIEP)
PEDRO STIEHL
——————————
SAPUCAIA DO SUL
EEEB MARCUS VINICIUS DE MORAES
ENY ALGAYER
—————————–
PORTO ALEGRE
EEEF. SENADOR PASQUALINI – FASE – MANHÃ
SIDNEI SCHNEIDER
—————————–
SOLEDADE
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL CAPISTRANO DE ABREU
PABLO MORENO
——————————
BENTO GONÇALVES
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL FENAVINHO
KALUNGA
—————————–
PORTO ALEGRE
EEEF VISCONDE DE PELOTAS
VALESCA DE ASSIS*
——————————-
IGREJINHA
EMEF PREF JOÃO DARCY RHEINHEIMER – 1º a 3º fundamental
DILAN CAMARGO*
——————————-
NOVO HAMBURGO
EMEF SALGADO FILHO
ÁLVARO SANTI
DOWNLOAD GRATUITO
Desenvolvimento econômico, inclusão social e proteção ao meio ambiente. Os povos e comunidades da floresta são guardiões do conhecimento ancestral e da cultura baseada no convívio harmônico com a natureza.
Faça download da publicação e fique por dentro das políticas públicas voltadas para estas populações: http://www.mma.gov.br/
Centro cultural SOS Corpo realiza lançamento de livro sobre pensadora feminista
Em parceria com o Instituto Feminista para a Democracia e com
o Coletivo Difusão Libertária, evento debaterá obras de Emma Goldman
Na
próxima segunda-feira (07) o centro cultural do SOS Corpo sedia o
lançamento do livro "Anarquia e a questão do sexo e outros escritos", em
Recife, Organizado pelo Coletivo Difusão Libertária, revisitando o
pensamento da anarquista Emma Goldman, cuja obra enfoca temas diversos
como sindicalismo, gênero, sexo e propriedade privada.
Nascida na
Lituânia, Emma Goldman (1869-1940) teve uma infância marcada pela
violência e pela repressão dos pais. Já na adolescência integrou-se a
uma organização populista russa, embora sua militância política tenha
começado de fato quando emigrou para os Estados Unidos. Trabalhando na
indústria têxtil nova-iorquina, fez parte do movimento operário, e
posteriormente como agitadora e jornalista publicou textos e obras de
orientação socialista e anarquista.
O evento é uma parceria entre
SOS Corpo com o Instituto Feminista para a Democracia e Coletivo Difusão
Libertária, e contará com exibição temática de filmes, sorteio de
alguns exemplares e uma roda de diálogo com o tema "feminismo e
resistência" entre o público e Andrea Xaves, que participou da seleção
dos textos que compõem o livro, e Verônica Ferreira, pesquisadora da SOS
Corpo.
O livro contribui para divulgar o trabalho de Goldman para
um público que ainda não conhece seus textos, já que os direitos
autorais de suas obras foram recentemente liberados. A ideia é trazer à
tona esse material, que embora desenvolvido entre os séculos 19 e 20,
permanece atual e se mantem como referência para a militância de
esquerda.
O evento acontecerá na sede da SOS Corpo que fica na Rua
Rael da Torre, 593, no Bairro da Madalena, a partir das 18 horas e será
aberto ao público.
Fonte: Brasil de Fato
9 motivos pelos quais você também deveria lutar contra o racismo
Certa vez uma pessoa me disse que os debates sobre racismo são
exagerados, pois ela não via razões para discriminar alguém por sua cor
de pele. É um raciocínio romântico achar que, por não fazermos parte do
grupo que discrimina, basta jogar o assunto para debaixo do tapete.
Tendo o preconceito ao nosso redor diariamente, ainda que de forma
involuntária, somos parte disso. Por exemplo, quando minimizamos a
gravidade de um ato discriminatório ou quando presenciamos uma cena e
não fazemos nada a respeito. Também fazemos parte quando não
questionamos o modelo de sociedade que estamos vivendo. A não ser que
você viva em uma realidade paralela, onde todos são iguais de fato, você
faz parte disso.
2 – Violência gera violência
O racismo é uma forma de violência e, como tal, age em ciclos. Os contínuos esforços em manter a população pobre na periferia afastam seus moradores de condições decentes de educação, saúde e trabalho, corroborando para a manutenção da situação degradante dos moradores de áreas afastadas. A maioria da população moradora de favelas é negra, segundo estudo do Ipea. O IBGE aponta que 1% dos moradores possui ensino superior.
Esta população está sensivelmente próxima da violência, fato comprovado pela pesquisa que mostrou que a violência urbana está diretamente ligada à discriminação racial e social.
Este assunto é frequentemente apontado quando a criminalidade é discutida. Há quem não tolere a defesa de um criminoso, sob a alegação de que, como seres humanos cientes de seus atos, eles precisam apenas ser punidos e afastados – ainda mais – do convívio social. Como nosso sistema de reabilitação é bastante deficiente, o mais natural, embora trabalhoso para alguns, seria propor-se a estudar o cerne do problema, não apenas sua consequência. A população negra está marginalizada, pessoas marginalizadas não têm expectativa de vida e são mais facilmente coagidas a integrar grupos criminosos, não por escolha, mas porque todo o resto lhe virou as costas. O debate sobre a questão criminal no Brasil precisa se afastar de percepções emocionais e se aproximar da Ciência, e isto não é assunto exclusivo para sociólogos e juízes, é problema de todos os habitantes das cidades.
3 – Você sabe que é errado
Quando uma pessoa acredita que seu ponto de vista é minimamente razoável, ela o expõe com os argumentos que tem a seu alcance. Quando ela sabe que está errada, sai pela tangente, se esconde, faz piada, tenta justificar com sentenças sem pé nem cabeça. Racismo é crime, e é tão grave que as pessoas que o praticam sabem disso, e não raro se escondem sob o anonimato quando querem externar o que pensam de forma clara.
4 – As crianças não têm culpa
Além da densa discussão proposta no item 2, uma outra consequência grave da discriminação racial são os efeitos psicológicos em quem sofre e quem vê. É na primeira infância que o ser humano aprende valores que pautarão seu comportamento para o resto da vida. A criação de estereótipos raciais firma nas crianças a ideia de separatismo. Atitudes pequenas como a naturalização de apelidos ofensivos e negação de características físicas de pessoas negras (lábios grossos, narizes grandes, cabelos crespos) tornam-se verdades na cabeça das crianças. Além do aspecto cruel de tornar crianças reféns de tal barbaridade, elas crescerão e se tornarão adultos que pautaram sua vida em atitudes de discriminação, o que ajudará a agravar os supracitados problemas com violência.
Lutar contra isso é apoiar uma sociedade mais justa, onde crianças estão livres da violência física e psicológica causada pelo racismo, e poderão se tornar adultos saudáveis e menos vulneráveis.
5 – Não faz sentido
No caso do Brasil, negros foram trazidos para cá num grande esquema de tráfico humano para serem utilizados como escravos. Mulheres negras foram objetificadas e reduzidas a objetos sexuais e amas de leite.
Como negros eram inferiorizados até praticamente não serem considerados humanos, criou-se, entre outras teorias absurdas, a ideia de que eram mentalmente inferiores do que brancos. Até hoje há quem defenda esta ideia torpe, muito embora a ciência tenha precisado perder tempo para provar o óbvio: não há superioridade mental branca.
6 – Não tem graça
Racismo não é humor, a não ser que o objetivo seja apenas reforçar os estereótipos preconceituosos que já vivemos. Um dos principais argumentos de defesa de quem é pego no flagra fazendo troça deste tipo é que era só uma brincadeira. Primeiro devemos ter em mente ninguém é obrigado a aceitar a brincadeira que for. Depois é preciso pensar o que você sentiria se fosse com você. Vale também tentar saber o que sentem as pessoas que são alvo destas brincadeiras.
Por último: simplesmente não tem graça. Há coisas engraçadas no mundo e o racismo não é uma delas. Chamar de macaco, cabelo de Bombril, dizer que, apesar de negra, a pessoa até que tem traços finos, chamar de cotista um negro no meio de um grande grupo de pessoas brancas, nada disso tem justificativa senão unicamente a ignorância.
Se alguém realmente acha que está certo por proferir piadas racistas e continua justificando isso com argumentos cada vez mais violentos, ele está errado.
De tempos para cá, muita gente reclama do politicamente correto.
O politicamente correto nada mais é que ética e respeito, é saber que não, não podemos tudo. E achar que pode usar alguém como alvo de piada preconceituosas e não querer enfrentar o que vem depois disso, é infantilidade, coisa de gente que não aprendeu desde cedo que não temos direitos sobre a vida do outro, tampouco temos direito de humilhar alguém por sua cor da pele – olha os efeitos do racismo na infância aí.
Aceitar com naturalidade o humor feito para humilhar o outro é gostar de viver em uma sociedade desigual, ponto contra o qual precisamos ir.
7 – É uma luta cansativa, mas é um trabalho em grupo
Lutar contra o racismo é uma guerra constante e pesada. É estar o tempo todo tendo que repetir as mesmas coisas para explicar ao racista por que o comportamento dele não tem motivo de ser. Mas, adivinha só? Como todo trabalho, este também traz mais resultados se feito em conjunto. É comum se sentir irritado ou entristecido com manifestações racistas, mas a militância diária dá resultado. Às vezes uma conversa basta. Às vezes é preciso ser mais enfático. Tudo depende de quão enraizado está o preconceito na vida de quem o pratica.
8 – Qualquer um pode fazer isso
Não é necessário participar de um grande grupo político para lutar contra o racismo, atitudes cotidianas também devem se tornar ponto de atenção. Questione-se porque há tão poucos estudantes negros nas universidades, repare na cor da pele dos jovens mortos por arma de fogo, se pergunte porque há empresas de empregados domésticos que tem a opção “cor” no formulário de preenchimento de requisição de funcionário.
9 – Você se beneficia de uma sociedade igualitária
Ter mais negros em altos cargos de trabalho, ocupando cadeiras universitárias e passeando pelas ruas sem estarem sob frequente estado de alerta para não serem apontados como criminosos em potencial torna a vida mais fácil a todos. Estar perto da população mais pobre também nos torna sensíveis às questões sociais e nos permite entender nosso papel na comunidade, pois é um erro crasso achar que pertencemos a algum grupo diferente. Nós apenas estamos em condições diferentes. A luta contra o racismo precisa ser de todos porque ela sedimenta as políticas que permitirão o desenvolvimento de todos os cidadãos, diminuindo a desigualdade social e, consequentemente, construindo um lugar melhor para todos.
Por Gabriela Moura (http://gabinoica.wordpress.com/)
2 – Violência gera violência
O racismo é uma forma de violência e, como tal, age em ciclos. Os contínuos esforços em manter a população pobre na periferia afastam seus moradores de condições decentes de educação, saúde e trabalho, corroborando para a manutenção da situação degradante dos moradores de áreas afastadas. A maioria da população moradora de favelas é negra, segundo estudo do Ipea. O IBGE aponta que 1% dos moradores possui ensino superior.
Esta população está sensivelmente próxima da violência, fato comprovado pela pesquisa que mostrou que a violência urbana está diretamente ligada à discriminação racial e social.
Este assunto é frequentemente apontado quando a criminalidade é discutida. Há quem não tolere a defesa de um criminoso, sob a alegação de que, como seres humanos cientes de seus atos, eles precisam apenas ser punidos e afastados – ainda mais – do convívio social. Como nosso sistema de reabilitação é bastante deficiente, o mais natural, embora trabalhoso para alguns, seria propor-se a estudar o cerne do problema, não apenas sua consequência. A população negra está marginalizada, pessoas marginalizadas não têm expectativa de vida e são mais facilmente coagidas a integrar grupos criminosos, não por escolha, mas porque todo o resto lhe virou as costas. O debate sobre a questão criminal no Brasil precisa se afastar de percepções emocionais e se aproximar da Ciência, e isto não é assunto exclusivo para sociólogos e juízes, é problema de todos os habitantes das cidades.
3 – Você sabe que é errado
Quando uma pessoa acredita que seu ponto de vista é minimamente razoável, ela o expõe com os argumentos que tem a seu alcance. Quando ela sabe que está errada, sai pela tangente, se esconde, faz piada, tenta justificar com sentenças sem pé nem cabeça. Racismo é crime, e é tão grave que as pessoas que o praticam sabem disso, e não raro se escondem sob o anonimato quando querem externar o que pensam de forma clara.
4 – As crianças não têm culpa
Além da densa discussão proposta no item 2, uma outra consequência grave da discriminação racial são os efeitos psicológicos em quem sofre e quem vê. É na primeira infância que o ser humano aprende valores que pautarão seu comportamento para o resto da vida. A criação de estereótipos raciais firma nas crianças a ideia de separatismo. Atitudes pequenas como a naturalização de apelidos ofensivos e negação de características físicas de pessoas negras (lábios grossos, narizes grandes, cabelos crespos) tornam-se verdades na cabeça das crianças. Além do aspecto cruel de tornar crianças reféns de tal barbaridade, elas crescerão e se tornarão adultos que pautaram sua vida em atitudes de discriminação, o que ajudará a agravar os supracitados problemas com violência.
Lutar contra isso é apoiar uma sociedade mais justa, onde crianças estão livres da violência física e psicológica causada pelo racismo, e poderão se tornar adultos saudáveis e menos vulneráveis.
5 – Não faz sentido
No caso do Brasil, negros foram trazidos para cá num grande esquema de tráfico humano para serem utilizados como escravos. Mulheres negras foram objetificadas e reduzidas a objetos sexuais e amas de leite.
Como negros eram inferiorizados até praticamente não serem considerados humanos, criou-se, entre outras teorias absurdas, a ideia de que eram mentalmente inferiores do que brancos. Até hoje há quem defenda esta ideia torpe, muito embora a ciência tenha precisado perder tempo para provar o óbvio: não há superioridade mental branca.
6 – Não tem graça
Racismo não é humor, a não ser que o objetivo seja apenas reforçar os estereótipos preconceituosos que já vivemos. Um dos principais argumentos de defesa de quem é pego no flagra fazendo troça deste tipo é que era só uma brincadeira. Primeiro devemos ter em mente ninguém é obrigado a aceitar a brincadeira que for. Depois é preciso pensar o que você sentiria se fosse com você. Vale também tentar saber o que sentem as pessoas que são alvo destas brincadeiras.
Por último: simplesmente não tem graça. Há coisas engraçadas no mundo e o racismo não é uma delas. Chamar de macaco, cabelo de Bombril, dizer que, apesar de negra, a pessoa até que tem traços finos, chamar de cotista um negro no meio de um grande grupo de pessoas brancas, nada disso tem justificativa senão unicamente a ignorância.
Se alguém realmente acha que está certo por proferir piadas racistas e continua justificando isso com argumentos cada vez mais violentos, ele está errado.
De tempos para cá, muita gente reclama do politicamente correto.
O politicamente correto nada mais é que ética e respeito, é saber que não, não podemos tudo. E achar que pode usar alguém como alvo de piada preconceituosas e não querer enfrentar o que vem depois disso, é infantilidade, coisa de gente que não aprendeu desde cedo que não temos direitos sobre a vida do outro, tampouco temos direito de humilhar alguém por sua cor da pele – olha os efeitos do racismo na infância aí.
Aceitar com naturalidade o humor feito para humilhar o outro é gostar de viver em uma sociedade desigual, ponto contra o qual precisamos ir.
7 – É uma luta cansativa, mas é um trabalho em grupo
Lutar contra o racismo é uma guerra constante e pesada. É estar o tempo todo tendo que repetir as mesmas coisas para explicar ao racista por que o comportamento dele não tem motivo de ser. Mas, adivinha só? Como todo trabalho, este também traz mais resultados se feito em conjunto. É comum se sentir irritado ou entristecido com manifestações racistas, mas a militância diária dá resultado. Às vezes uma conversa basta. Às vezes é preciso ser mais enfático. Tudo depende de quão enraizado está o preconceito na vida de quem o pratica.
8 – Qualquer um pode fazer isso
Não é necessário participar de um grande grupo político para lutar contra o racismo, atitudes cotidianas também devem se tornar ponto de atenção. Questione-se porque há tão poucos estudantes negros nas universidades, repare na cor da pele dos jovens mortos por arma de fogo, se pergunte porque há empresas de empregados domésticos que tem a opção “cor” no formulário de preenchimento de requisição de funcionário.
9 – Você se beneficia de uma sociedade igualitária
Ter mais negros em altos cargos de trabalho, ocupando cadeiras universitárias e passeando pelas ruas sem estarem sob frequente estado de alerta para não serem apontados como criminosos em potencial torna a vida mais fácil a todos. Estar perto da população mais pobre também nos torna sensíveis às questões sociais e nos permite entender nosso papel na comunidade, pois é um erro crasso achar que pertencemos a algum grupo diferente. Nós apenas estamos em condições diferentes. A luta contra o racismo precisa ser de todos porque ela sedimenta as políticas que permitirão o desenvolvimento de todos os cidadãos, diminuindo a desigualdade social e, consequentemente, construindo um lugar melhor para todos.
Por Gabriela Moura (http://gabinoica.wordpress.com/)
Curso “Roteiro - A essência da Criação Narrativa”
Curso “Roteiro - A essência da Criação Narrativa”, da Escola de Roteiro - Início das aulas: 23 de abril (10 aulas presenciais) Local: Estudio Hybrido - inscrições: (51) 3737-681 | (51) 8405-5309 | (54) 9944.6854
10 anos do Fórum Cearense de Cultura Popular Tradicional
O Fórum
Cearense de Cultura Popular Tradicional, convida você para as comemorações dos
nossos 10 anos de encontros, debates e deliberações sobre as políticas públicas
para as culturas populares.
Será um café
da manhã especial e de confraternização com todos que, ao longo desses anos,
contribuíram coletivamente em prol das culturas populares do Ceará.
Contamos com o Apoio da Comissão Cearense
de Folclore.
Você faz parte da nossa
história e é nosso convidado especial nesta comemoração.
Sheila Fernandes
Coordenadora do Fórum Cearense de Cultura Popular Tradicional
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